LENTIBULARIACEAE

Genlisea lobata Fromm

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Genlisea lobata (LENTIBULARIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

6.894,092 Km2

AOO:

36,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre no Espírito Santo e Minas Gerais (Miranda; Rivadavia, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Genlisea lobata </i>se caracteriza por ervas, anuais, hermafroditas, e apresenta polinização provavelmente entomófila. É endêmica do Brasil. Ocorre nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, restrita aos biomas Cerrado e Mata Atlântica, habitando preferencialmente Campos de Altitude e afloramentos rochosos (inselbergues). Tem AOO de 36 km² e encontra-se sujeita a cinco situações de ameaça: exploração madeireira, prática de monoculturas, pecuária com a consequente invasão de espécies exóticas, reflorestamentos homogêneos e, particularmente no Parque Nacional do Caparaó, os constantes incêndios que acometem a região. Apresenta distribuição restrita e pontual. É pouco representada em coleções científicas. São necessários investimentos em pesquisa científica e maior esforço de coleta nas suas áreas de ocorrência.

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Campo de altitude e afloramento rochoso (inselbergue).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland
Detalhes: Erva perene, que habita principalmente as áreas montanhosas do Espírito Santo. Fértil de dezembro a julho e polinizada por insetos.

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) very high
A cobertura vegetal do Estado do Espirito Santo, antes praticamente toda recoberta pela Mata Atlântica, tem uma história de devastação cujos registros remontam aos do início de sua colonização. A destruição e degradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidade no Estado. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração da madeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinus e Eucaliptus), a incidência de espécies exóticas invasoras e sobre-exploração de plantas ornamentais são algumas principais ameaças incidentes sobre a flora do Estado (Simonelli; Fraga, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire local very high
Em setembro de 2001 foram detectados 485 focos de incêncios no Parque Nacional do Caparaó e 10 municípios adjacentes, destruindo a floresta nativa e áreas de pastagem. Em 2000 a área de queimadas aumentou 40% em relação ao ano anterior. Mesmo assim na região aumentaram tanto o número de licenças para plantação de cana-de-açúcar e pastagem, como do número de multas por queimadas ilegais (CEPF, 2001).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Citada como "Vulnerável" (VU) na Lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre no Parque Estadual do Forno Grande, Castelo - ES.